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Mensagens

Todos me querem (ao Centeno, não a mim) - Análise Semanal

Numa semana onde se derrubaram estátuas por muitos lados, também se derrubaram ministros no executivo de António Costa. Por aqui, fazendo lembrar um bom jogo de futebol (que já não se vê no nosso país faz alguns longos meses), houve uma substituição na equipa portuguesa 2019-2023, de onde saiu um “Ronaldo” e entrou um Leão. Foi uma semana curta, com fim-de-semana prolongado para muitos, mas a política não deu tréguas. Vamos a mais uma análise semanal! A notícia caiu com estrondo na passada terça-feira, quando o mestre da recuperação financeira e orçamental do período 2015-2019, o Ministro das Finanças Mário Centeno, anunciava a sua retirada do governo em plena crise económica “pós-pandemia” ( clique para ver artigo ). Não é que a sua saída fosse um acontecimento imprevisível e que apanhasse alguém de surpresa ( clique para ver artigo ), mas o momento/ timing não era o que se queria de todo. Já se sabia que, o agora ex-ministro, namorava o cargo de Governador do Banco de Portugal. É
Mensagens recentes

"Pro bonos" e tal - Análise Semanal

Esta foi uma semana marcada, essencialmente, por momentos políticos internacionais. Um ato de desrespeito e de tremendo exagero por parte de 4 agentes norte-americanos, que participaram na morte de George Floyd, despoletaram uma onda de protestos nos Estados Unidos e um pouco por todo o mundo. E, por aqui, andamos a contas com quase-ministros estrategas e com sondagens de intenções de voto. Vamos a mais uma análise semanal! Desta vez mais pequena que a anterior, para não terem de marcar férias só para ler um artigo meu. Foi com pompa e circunstância que o Expresso noticiou, ainda no final da outra semana, a aquisição de António Costa e Silva (ACS) como conselheiro do governo ( clique para ver artigo ), uma espécie de ministro sem o ser, um para-ministro. António Costa e Silva (ACS) é um gestor renomado, que atualmente está à frente da Comissão Executiva do Grupo Partex, e muitas foram as vozes que se apressaram a elogiar a sua inteligência e capacidade estratégica. A primeira ideia

TAPas, Rui Moreira, Holandeses e Escaldões - Análise Semanal

Esta semana foi rica em desenvolvimentos de âmbito político nacional, onde uns temas foram bem dissecados e outros passaram um pouco ao lado da crítica. Neste momento estamos a caminho da terceira fase de desconfinamento, vamos avançar mais um passo em direção à normalidade que vivíamos pré-pandemia, mas nem tudo é um mar de rosas. Voltou a falar-se na TAP, em mais um assunto “empresas onde o estado está envolvido”, e também não foi pelos melhores motivos. Um dos mesmos intérpretes do episódio TAP, Rui Moreira, é também motivo de escrutínio pelo seu envolvimento nos mundos do futebol e da política. Foi uma semana onde foi essencial olhar para fora, para a União Europeia (UE), e para o que podemos contar para o futuro. Vamos então olhar para o que aconteceu, escrutinando o que de mais interessante se passou pelo nosso país. Esta é a análise da nossa semana política! Caminhando com o bicho. Caminhamos de mãos dadas (não literalmente, não se esqueçam das normas!), por entre uma pa

Quem quer boleia até Belém?

            A caminhada para as eleições presidenciais, agendadas para janeiro do próximo ano, já recebeu o seu tiro de partida. Foi um tiro inesperado, inusitado e cheio de mediatismo, mas agora que foi dado é difícil fazer tudo voltar atrás. E, aproveitando que tudo arrancou e que já se dá a volta de aquecimento (fazendo lembrar as belas tardes das corridas de Formula 1), vamos analisar os concorrentes e a estrada que nos leva para o destino: Belém 2021! Marcelo Rebelo de Sousa, atual Presidente da República, vai ser o vencedor destas eleições - podia muito bem começar ou acabar este texto desta forma, não faltam sondagens e comentários a adivinhar este desfecho para janeiro ( clique para ver artigo ) e sem necessidade de recorrerem a bolas de cristal ou cartas de tarot. Mas uma corrida como esta não se faz só com um corredor, seria injusto para os restantes candidatos e aspirantes, assim como terrivelmente limitador e redutor para o país. Os unanimismos são perigosos! Existem vá

É só inquietação, inquietação

Foi com grande e renovado interesse que acompanhei o que aconteceu nesta última semana no panorama nacional. Uma das situações que me chamou a atenção foi o facto de o governo decidir apoiar a comunicação social (CS) portuguesa, com o objetivo de preservá-la forte, robusta e preparada para prestar informação, formar e entreter os cidadãos, escrutinando os poderes públicos (palavras do documento da presidência de ministros). Decidiu o governo, então, fazê-lo sob a forma de compra antecipada de publicidade institucional aos meios de comunicação, num investimento situado nos 15 milhões de euros, alocando 75% destes aos órgãos de âmbito nacional e os restantes 25% aos de âmbito regional ( clique para ver documento ). Pois bem, a mensagem e a ideia parecem atrativas e bem-intencionadas, mas porque é que esta medida se traduziu em algo mais dúbio do que se fazia prever? Isto teve essencialmente que ver com a forma como esta medida foi realizada, pela forma como o os apoios chegaram, as

E tudo a abstenção levou

        Foi com muito interesse que acompanhei as eleições para as Europeias em maio deste ano, basicamente porque tinha um elevado interesse em saber como reagiria a Europa às votações. Essencialmente interesse em saber que caminhos escolheriam os europeus, e mesmo em que percentagens aumentariam as extremas-direitas e as campanhas ecologistas. Decidia-se ali grande parte do futuro do velho continente, e a preocupação em antever possíveis cenários futuros apoderou-se de mim. Mas o que realmente me intrigou dentro deste turbilhão de interesses foi um “movimento” denominado abstenção, que eclodiu em Portugal com uns maravilhosos (passo a ironia) 69.3 pontos percentuais. Todos os partidos estavam importados com a abstenção no momento das eleições, até o Presidente da República teve direito de antena nos canais de sinal aberto para mostrar aos eleitores a importância do seu voto. Mas a direção para onde a abstenção se dirige não se alterou em nada. Existem problemas que fazem com que

E tu, de que lado estás?

Aqui há dias perguntavam-me sobre a minha inclinação política e partidária mas, com alguma surpresa minha por se tratar de um assunto do meu interesse, não soube bem o que responder. E, tal como acontece quando não tenho uma resposta definitiva, comecei a divagar no assunto. Expliquei o que penso do panorama atual sobre extremismo, expliquei que não me considero de extremos mas que, ao mesmo tempo, não me identifico com os centros por serem demasiado acomodados. O comodismo irrita-me sobremaneira! Expliquei o que sinto ao ver a Europa transfigurar-se. Também soltei várias frases de revolta sobre a situação dos Estados Unidos (quem me conhece sabe a minha pequeníssima obsessão por Trump e pelo seu modelo de gestão de um país como se de uma empresa se tratasse). Pois bem, mas eu gosto de dar respostas. Eu sou de esquerda, apesar de não me identificar com partido nenhum em Portugal. Sou de Esquerda porque idealizo um país (e um mundo) onde todas as pessoas pudessem ter acesso a uma vi